Jogadores

“Não importa se ganho ou se perco, eu quero é apostar”

Charles Bukowski

“Oh, como me batia o coração! Não, não é que o dinheiro me fosse caro! O que eu queria, então, era apenas que, no dia seguinte, todos aqueles, todas aquelas magníficas senhoras, falassem de mim, contassem a minha história,  ficassem surpresos comigo, me elogiassem e reverenciassem o meu novo ganho”

— Fiódor Dostoiévski

Aí está um tema fascinante para a literatura. Especialmente para aqueles que  admiram personagens psicologicamente bem construídos. Humanamente vulneráveis.

As narrativas mais primorosas que têm a compulsão pelo jogo como traço marcante em seus protagonistas, nos revelam pessoas angustiadas, fora de controle, mas conscientes de sua fraqueza. Tentam justificar-se aos leitores fingindo ter domínio sobre seus impulsos e, de forma inútil, dissimulam a sua incapacidade de sucumbir ao vício.

Autores hábeis, reproduziram a atmosfera que envolve os cassinos e as casas de jogos, mas, principalmente, criaram anti-heróis que comovem por sua incapacidade de contrariar a próprio destino, mesmo que ele represente a falência e ruína moral.

 

Quanto vale uma Dama de Espadas?

[…] 

            Nunca antes havia observado a cidade por este ângulo. A torre do velho relógio parece que vai desprender-se da terra e ganhar os céus em queda livre. A lua, pendurada na ponta de um prédio, sai do meu campo de visão como se o cabo que a sustenta estivesse cedendo.

             Não fosse esta uma posição tão desconfortável esperaria pelo nascer do sol. Visto desta forma deve ser ainda mais belo. Eu que nunca achei que estas coisas merecessem atenção, me via contemplando-as com estranha nostalgia.

[…]

trecho do conto “A Dama de Espadas”

O que estará acontecendo com o nosso herói?

Leia o texto na íntegra na página “contos” deste mesmo sítio e deixe sua opinião.