“Não importa se ganho ou se perco, eu quero é apostar”
– Charles Bukowski
“Oh, como me batia o coração! Não, não é que o dinheiro me fosse caro! O que eu queria, então, era apenas que, no dia seguinte, todos aqueles, todas aquelas magníficas senhoras, falassem de mim, contassem a minha história, ficassem surpresos comigo, me elogiassem e reverenciassem o meu novo ganho”
— Fiódor Dostoiévski
Aí está um tema fascinante para a literatura. Especialmente para aqueles que admiram personagens psicologicamente bem construídos. Humanamente vulneráveis.
As narrativas mais primorosas que têm a compulsão pelo jogo como traço marcante em seus protagonistas, nos revelam pessoas angustiadas, fora de controle, mas conscientes de sua fraqueza. Tentam justificar-se aos leitores fingindo ter domínio sobre seus impulsos e, de forma inútil, dissimulam a sua incapacidade de sucumbir ao vício.
Autores hábeis, reproduziram a atmosfera que envolve os cassinos e as casas de jogos, mas, principalmente, criaram anti-heróis que comovem por sua incapacidade de contrariar a próprio destino, mesmo que ele represente a falência e ruína moral.